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Como ler os níveis de proficiência de Inglês?

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No último artigo falámos sobre até que ponto conhecemos o nosso nível real de Inglês, ou seja, o grau de facilidade com que conseguimos utilizar o idioma de uma forma funcional para comunicarmos. Se não teve oportunidade de ler, aconselhamos vivamente, pois o artigo desta semana vem exactamente na sequência do anterior.

Conhece o seu nível real de Inglês?

Saber exactamente onde estamos ajuda a saber para onde vamos. O conhecimento do nosso nível de proficiência permite-nos definir objectivos e estratégias, traçar percursos evolutivos e escolher os conteúdos e as metodologias de avaliação mais adequadas. Por outro lado, possibilita uma comparação mais objectiva de competências linguísticas (ex. concorrer a um emprego ou bolsa académica).

Mas como interpretar então os diferentes níveis de Inglês?

Existem diversos sistemas de classificação dos níveis de proficiência linguística. Por vezes estes níveis são tão distintos entre si que até parece que estamos a falar de coisas diferentes. Por isso, no sentido de ultrapassar esta questão da diversidade e estabelecer uma linguagem comum entre os vários intervenientes –  nomeadamente utilizadores/learners, professores, examinadores e até mesmo empregadores – o Conselho da Europa criou em 2001 o Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (QECRL) [em Inglês Common European Framework of Reference for Languages (CEFRL)].

Não sendo exclusivo para a Língua Inglesa, muito pelo contrário, o QECR assenta no conceito de plurilinguismo ou multilinguismo, que já aqui foi abordado num artigo bastante útil da nossa Mara Rodrigues.

Multilingualism

O QECR serve como base de reflexão para todos nós, e em especial nós os professores, pensarmos forma crítica sobre porque fazemos o que fazemos no processo de aprendizagem de uma Língua. Por outro lado, este documento orientador visa facilitar a troca de informação, para que todos os utilizadores da Língua possam saber o que se espera deles, não só em termos de aprendizagem mas também noutros processos.

São definidos 3 tipos de utilizadores – básico, independente e proficiente – que se dividem cada um em 2 níveis, formando assim os 6 níveis de referência descritos com base nas habilidades envolvidas (Can Do).

Os níveis de referência da Língua enquanto competência

1. Utilizador Básico

A1

É capaz de compreender e usar expressões familiares e quotidianas, e enunciados muito simples que visam satisfazer necessidades concretas. Pode apresentar-se e apresentar outros e é capaz de fazer perguntas e dar respostas sobre aspectos pessoais como, por exemplo, o local onde vive, as pessoas que conhece e as coisas que tem. Pode comunicar de modo simples, se o interlocutor falar lenta e distintamente e se mostrar cooperante.

A2

É capaz de compreender frases isoladas e expressões frequentes relacionadas com áreas de prioridade imediata (ex: informações pessoais e familiares simples, compras, meio circundante). É capaz de comunicar em tarefas simples e em rotinas que exigem apenas uma troca de informação simples e directa sobre assuntos que lhe são familiares e habituais. Pode descrever de modo simples a sua formação, o meio circundante e ainda referir assuntos relacionados com necessidades imediatas.

2. Utilizador Independente

B1

É capaz de compreender as questões principais, quando a linguagem é clara e estandardizada e os assuntos lhe são familiares (temas abordados no trabalho, na escola e nos momentos de lazer, etc.). É capaz de lidar com a maioria das situações encontradas na região onde se fala a língua-alvo. É capaz de produzir um discurso simples e coerente sobre assuntos que lhe são familiares ou de interesse pessoal. Pode descrever experiências e eventos, sonhos, esperanças e ambições, e expor brevemente razões e justificações para uma opinião ou um projecto.

B2

É capaz de compreender as ideias principais em textos complexos sobre assuntos concretos e abstractos, incluindo discussões técnicas na sua área de especialidade. É capaz de comunicar com certo grau de espontaneidade e à-vontade com falantes nativos, sem tensão de parte a parte. É capaz de se exprimir de modo claro e pormenorizado sobre uma grande variedade de temas e explicar um ponto de vista sobre um tema da actualidade, expondo vantagens e inconvenientes de várias possibilidades.

3. Utilizador Proficiente

C1

Compreende um vasto número de textos longos e exigentes, reconhecendo os seus significados implícitos. É capaz de se exprimir de forma fluente e espontânea sem precisar de procurar muito as palavras. É capaz de usar a Língua de modo flexível e eficaz para fins sociais, académicos e profissionais. Pode exprimir-se sobre temas complexos, de forma clara e bem estruturada, manifestando domínio de mecanismos de organização, de articulação e de coesão do discurso.

C2

É capaz de compreender, sem esforço, praticamente tudo o que ouve ou lê. É capaz de resumir as informações recolhidas em diversas fontes orais e escritas, reconstruindo argumentos e factos de um modo coerente. É capaz de se exprimir espontaneamente, de modo fluente e com exactidão, distinguindo finas variações de significado em situações complexas.

 

 

Um teste de nível de Inglês, desde que elaborado com qualidade e rigor, consegue indicar-lhe com relativa exactidão o nível de referência em que se encontra. No entanto, a maioria dos testes de nível avalia apenas as competências de recepção (compreensão oral e escrita) e por isso o resultado deve ser interpretado com cautela, uma vez que não reflecte outras competências mais complexas, de produção (expressão oral e escrita).

O resultado obtido reflecte um nível potencial, ou seja, o nível mais próximo da realidade e que, com maior ou menor dificuldade, poderá atingir e consolidar através de um processo de desenvolvimento. Esse nível potencial deve ser validado por entrevista, para que haja oportunidade de observar a oralidade (Speaking) e, quando possível, a escrita (Writing).

 

Já experimentou fazer o nosso teste de nível? Era o que estava à espera?

Nota: caso pretenda receber uma análise personalizada do resultado do seu teste de nível deverá indicar o seu nome e email, pois de outra forma receberá apenas o resultado genérico sem interpretação.

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